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quarta-feira, 6 de abril de 2011

Fofoca pode ser benéfica para ambiente de trabalho, aponta estudo

Pesquisadores procuraram examinar o comportamento social de 30 empregados de um departamento de uma empresa

A "fofoca" pode, em determinadas circunstâncias, ter um impacto positivo no ambiente de trabalho.

Estudo realizado pelo professor Giuseppe Labianca em conjunto com alunos de doutorado da Universidade de Kentucky, Travis Grosser e Virginie Lopez-Kidwell, apontaram que a fofoca pode ser muito útil para o pessoal de uma empresa, sobretudo quando o fluxo de informações provenientes do alto é interrompido, como costuma ocorrer quando a companhia está em crise ou passando por mudanças.

Os pesquisadores procuraram examinar o comportamento social de 30 empregados de um departamento de uma mesma empresa norte-americana. Avaliaram suas redes sociais, com quem fofocavam e quanta influência cada um tinha.

Eles chegaram à conclusão de que quem fofoca mais tem maior compreensão do entorno social e influencia mais os colegas. "Se pouca gente sabe o que realmente está acontecendo, a fofoca se torna o meio de difundir essa informação a todo o resto. Além disso, estudos mostram que a fofoca reduz a ansiedade e ajuda as pessoas a lidar com a incerteza", afirma Labianca, em entrevista ao site da Harvard Business Review.

Opinião

Na avaliação do headhunter da De Bernt Entschev Human Capital, Rômulo Machado, o benefício da fofoca depende, quase que integralmente, do contexto em que ela é empregada. "Existem diferenças culturais entre o Brasil e os EUA. Os americanos, por exemplo, são mais objetivos, têm mais foco do que os brasileiros. Os estrangeiros são mais centrados, enquanto o profissional nacional é mais expansivo", diz.

No geral, contudo, a conversa paralela pode ser empregada para o melhor entendimento do trabalho e dos rumos da organização. Caso a motivação em fofocar exista exclusivamente para troca de informações, com o objetivo de tentar entender o contexto por qual passa a empresa, esse comportamento será positivo.

"Nessas situações, criam-se elos de confiança entre as pessoas que conversam. Movimentos assim podem fazer com que as pessoas ganhem engajamento e fortaleçam alianças entre si", descreve Machado.

Camadas

De uma maneira geral, o ser humano, independentemente de onde esteja, cria relacionamentos e faz os seus comentários. Os países latinos, por sua vez, são os mais passionais, nos quais existe uma necessidade maior dessa convivência.

O brasileiro, na definição do executivo da De Bernt, gosta de “encontros informais”, o que faz com que ele crie vínculos mais fortes com os colegas. Tudo depende do tipo de informação passada: se a pessoa quer denegrir a imagem de um profissional, óbvio que os frutos colhidos, tanto por empresa, fofoqueiro e vítima, não serão dos melhores.

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